– Em nosso dia a dia, é muito difícil não nos irritarmos. Eu ouvi bem? Você está dizendo que não podemos nos irritar, que isso é um grande mal?
– Irritar-se é um dos maiores males que fazemos, principalmente a nós mesmos.
Quando percebermos que a irritação não gera nada de positivo, e que é muito melhor expressarmos nosso descontentamento diante de uma situação com firmeza e sem agressividade…Com calma tudo se resolve melhor.
Kávula, o que é a realidade?
– Pergunto sobre como não se irritar e você me vem com o que é realidade…
– Quando lhe digo que tudo está interligado, não estou brincando. Você sabe definir o que é a realidade?
– Realidade é o que acontece, aquilo que é.
– É, realidade é o que acontece em essência, o que é, independente da opinião das pessoas e da sua vontade. A realidade é também a verdade.
Você já pensou nisso? Você acha que todos nós vemos a mesma realidade?
– Com certeza, não. Ela é relativa ao grau de percepção, de conhecimento de cada um.
– Isso mesmo: ela é relativa ao grau de conhecimento e de consciência de quem a observa. Conforme expandimos nosso conhecimento e experiência muda nossa percepção da realidade.
Portanto, cada um de nós enxerga o mundo com seus próprios olhos, da sua maneira e de acordo com o grau de evolução em que se encontra.
Enxergar a intrometida dos dois modos possíveis, por exemplo, é aumentar nossa percepção da realidade.
Os grandes entraves para se ver a realidade como ela é são a irritação e o medo, que turvam nossa capacidade de ver as coisas como são.
Agora, vamos enxergar as coisas por um outro lado. Já que é assim, pode alguém modificar outra pessoa ou fazer enxergar seu mundo? Sabemos que não. O que precisamos aprender é conviver em harmonia: por mais diferentes que possam ser os temperamentos das pessoas que convivem sob um mesmo teto, o equilíbrio promove um ponto em comum entre elas: o respeito mútuo. O estudo também promove essa mudança, porque começamos a ver com mais profundidade, só que depende de a pessoa querer aprender. Portanto, só muda quem quer mudar, não é o outro que pode fazer isso. Ou quem está receptivo para a mudança.
Por essas razões que demonstramos que irritar-se é, no mínimo, falta de sabedoria e um grande gasto de energia inútil, que poderia ser empregado de forma construtiva.
Texto retirado do livro No Céu do Hemisfério Sul – Brasil, um Novo Começo
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